Da Jornada Eterna, parte IV
Terminando o sair da campina
Apesar de canhões na cabeça
Não consigo esquecer de mim mesmo
Por mais incrível que isso pareça
O planeta explodindo em volta
Ainda lembro-me do lamaçal
Onde meu Velho preceito
Discutia com meu Eu jovial
Vejo passando por mim um piqueiro
Herói distante em livro de história
Em virtude da raiva Eterna
Hoje apenas mais um dessa escória
Há tempos não vejo Almas perdidas
Para ainda que em busca guiar
Como cego apoiado em cão guia
Para na trilha correta andar
Nobre Alma de trevas coberta
Nobre Alma de trevas tapada
Velho amigo de tempos de guerra
Muitas vidas por sobre esta terra
Mas não pode lembrar de mais nada
Tanta dúvida tanto tormento
Vêm a esta Alma assolar
E este pobre Guardião Eterno
Ainda que em combate interno
Necessita para a luz o guiar
Neste mundo de guerra intensa
De emoção e de ódio extremado
De revolução interna e sangrenta
Encontro Alma a manter-me ocupado
Comandante de infantes sagazes
Contra os próprios demônios internos
Vejo na expressão de seus olhos
A pior batalha dos Nove Infernos
A batalha pela identidade
Própria e sem intercessores
Conhecer o Eu Mesmo e buscar
Finalidade para todas as dores
Dores e dúvidas que são comuns
Mesmo as Almas por mais elevadas
Independente da evolução
Todas aqui devem ser ajudadas
Ainda em guerra interna começo
Da intenção mais bela o ajudar
De erro crasso e fatal o tropeço
Que nos ensina, herói, levantar
O piqueiro vagando ferido
Pelos campos já cambaleante
Inconsciente de todo o perigo
Sem destino rumando errante
Na direção de casebre soturno
O piqueiro ferido eu sigo
Entro em bosque a passeio noturno
Esperando ajudar um amigo
Pois a minha jornada é distante.
Pois a minha jornada é tão bela.
Eternos passos em busca da Vida.
Colecionando mais uma ferida.
A cada dia em que busco por Ela.
1 Comments:
:)
apesar de tudo, fico muito feliz..
vc eh um ser iluminado, que apesar de todo o sofrimento e batalhas, ainda consegue olhar para outros e tentar ajudá-los...
admiro isso em vc... (entre outras coisas)...
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