domingo, março 23, 2008

Da Jornada Eterna, parte VIII


Dúvidas



Nas mortas ruínas de um templo antigo
Velho mausoléu que perece eterno
Despeço-me então deste meu amigo
Em um saudoso abraço fraterno

É estranho ver esse tal templo latente
Que tão veloz ruiu-se qual geléia
Do projeto de início que era pra sempre
Parece que ficou mesmo só em idéia

Ali uma estátua de vênus quebrada
Junto a um busto de rosto partido
As brancas colunas em hera enredada
As velhas paredes de um peito ferido

Ali negra sombra sentada em escombros
Com um negro aspecto de confusão
Talvez lhe falte do amigo os ombros
Talvez lhe falte um conselho de irmão

Teu templo ergueste sobre meu suor
Roubaste e usaste tudo que era meu
Teu templo ruiu qual o meu, ou pior
E agora o que tens nas tuas mãos, filisteu?

Tu que me causaste a jornada corrente
Tu que agora a causas pra ti
Tua "sabedoria", loucura demente
O que que tu andas fazendo a ti?

Se fosse há mais tempo teria tua "cura"
A golpes brutais de foice cortaria
Teu último resto que jaz de ti mesmo
Em fúria insana que cega me havia

Mas infelizmente meus olhos enxergam
Em tal lucidez que eu não tinha antes não
Como eu sempre digo "O mundo dá voltas...
...por isso caímos de cara no chão."

Agora entre a cruz e a espada eu espero
Pois há dois caminhos agora a escolher
Abraço-te puro e na cruz te liberto
Ou pela espada te faço morrer?





Pois a minha jornada é distante.
Pois a minha jornada é tão bela.
Eternos passos em busca da Vida.
Colecionando mais uma ferida.
A cada dia em que busco por Ela.

1 Comments:

Blogger Will said...

oi vc é amigo do jonatas visita o meu blog e deixa um coment la !!!:)

http://williansoares.blogspot.com/

4:43 PM  

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